monday's blue
A régua e esquadro desenhei o teu nome no meu ouvido, traduzindo os fotões que me atravessam a vista, que são sempre perfeitos, tal zumbido de mosquito que corta o silêncio do quarto onde me deito. Era um sono quase perfeito, se fosse real, mas era apenas um estado de vigília esquecido nas almofadas em que os teus olhos já não se fecham. Acordei. Talvez, nunca tenha adormecido.
As tuas cores, não são as luzes que me iluminam, o teu Ser, está acima de todas as certezas, e o fogo que me consome, é a tua imaginação que me destrói. Criando espaços vazios, ilusões momentâneas e pecados capitais, capazes de nos transformar em simples pedaços de papel, cortados aos bocados e deitados ao vento numa noite de tempestade.
Santifico a inocência, e repito comigo, todos os passos dados pela criança que aprende a gatinhar, sem sair do mesmo lugar. A ignorância dos meus gestos, assombram as manhãs da verdade, e continuam a elevar o meu pecado aos céus.
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