27 June, 2009

bye Mr. Jefferson…

People always told me be careful of what you do
Don't go around breaking young girl's hearts
And mother always told me
Be careful of who you love
Be careful of what you do
'Cause the lie becomes the truth

 

billie jean – michael jackson

25 June, 2009

stop the world and let me off

I've been wasting all my time


With the devil in the details
And I got no energy to fight
He's a fucking pantomime
The devil in the details

 

devil in the details - placebo

24 June, 2009

julien

book

The payback is here
Take a look, its all around you
You thought you'd never shed a tear
So this must astound, must confound you

 

julien - placebo

23 June, 2009

efeito placebo

…dói quando ali vais, quando ali ficas.

sem dor, quando o tempo se auto-consome na tua presença…

……rapidamente se conta e se move,

o movimento pseudo-eterno de estar contigo…

without guarantee

LM0

slow motion suicide

Balanço…

Não sei se perdi a certeza do que escrevo,

E o ar, aquele ar que me reserva a visão natural das coisas…

 

Não sei no que me deixo, no que me faço, no que me fabrico…

…mal, é o defeito de ser o que seja…

 

Aqui me meço menor que o Mundo na sua maior medida.

Aqui me revejo, na ausência e na saída, do pouco menos profundo que te vejo…

 

Parte de ti é a ponte que me suporta, outra, uma dúvida que se aborta em si…

20 June, 2009

caLL you

Sinto-me infinitamente atraído pelo ontem, mas esse nunca volta…

e assim foram os dias assim…e não de outra forma qualquer.

Pateticamente, estupidamente, selvaticamente, freneticamente, mortalmente, reduzidamente…  abaixo de roedor, debaixo das patas de uma formiga, por baixo dos carris do comboio do tempo …assim me resto… francamente fraco e frágil!

 

Perdi a chave da porta, pior, perdi a porta…perdi o mapa que me leva ali, ao regresso de mim…

 

sobra-me o ar, o mar..e pouco mais que a efémera ambição de querer ser ele… 

e chamo-te em segredo… Shhhh! (com o dedo na ponta do nariz)

18 June, 2009

respostas…

O sol deu infinitamente mais voltas sem mim, do que comigo.. e assim vai continuar a ser infinitamente.

 

Expandir-me? Já não chega a expansão do Universo em que vivo? Basta!

 

 Não sou muito propenso a responder a perguntas, gosto mais de as fazer, mas não gosto de ser acusado, condenado e “morrer como um cão”.

 

Julgar-me-ia inocente se fosse ingénuo a esse ponto, mas não deixaria de ser culpado se me sentisse realmente capaz de ignorar o que me dizem.

 

O ignorar é uma manobra muito difícil de executar, porque o ignorar é só por si, ambivalente. Mas não me vou tapar de birras, tristezas e azedumes. As zangas tradicionalmente opostas ao que realmente queremos são: bater com o pé no chão, puxar os cabelos e fazer beicinho. Perguntar dubiamente o que não se pode perguntar, quando só nós temos o poder de o responder, não é tristeza, nem é zanga.

 

Era mais giro se realmente me apetecesse responder. Mas não me apetece.

Não estou de todo para aí virado, estou muito mais ocupado do que isso, e seria impraticável responder sem magoar. Não me apetece magoar ninguém, estou demasiado entretido a magoar-me a mim próprio, é um pouco egoísta, eu sei, mas não deixa de ser uma atitude altruísta também.

 

Respeito? Lembro-me vagamente, e começava por…

ao Barnabé

Não. Não me incomodo mais. O Barnabé morreu, e lembro-me da alegria dele na porta de um bar, quando ligava para a namorada e atendeu a mãe da sua mais que tudo. “Desculpa o ‘incomódo’ ”, disse ele.

Lembro-me do Barnabé, da boina do Barnabé, do dançar, do rir, do falar, das roupas, das brincadeiras, das coisas menos a brincar.

O Barnabé era assim, simples, amigo, brincalhão, malandro, rufia, gatuno, divertido, sincero, era o Barnabé.

E vivia num Mundo tão dele, quanto nosso, mas ingenuamente pequeno, insignificante, impreciso. Não sabia nada de nada, mas sabia de tudo.

Um dia o Gomes ligou-me e disse-me a chorar – “Miguel, o Barnabé morreu!”

Eu sentei-me, fiquei parado, e naquele instante só me lembrava da frase que ele disse naquele dia ao telefone, “Desculpa o ‘incomódo’”, e por ali fiquei, a sorrir na memória mais profunda e inóspita do meu desassossego.

Hoje lembrei-me do Barnabé, e das voltas que o Sol deu desde a sua partida, e sinto saudades daquele rapaz que mal conhecia, e que tanta vida me transmitia.

Estejas onde estiveres, daqui te digo, eu dançava bem melhor que tu… Mesmo sem boina, mesmo sem fumar, mesmo sem beber…

 

(O Alcântara-Mar foi sempre dos homens da “night”)

sem esquecer o nome que dá o nome ao que escrevo…

Senti o teu desaparecer, senti-me desaparecido, foste embora quando mudaste de vida… enquanto a minha vida ficou tão igual.

Não te via, não te falava, mas sentia-te ali, agora.. o vazio, a ultima imagem, a ultima frase, e o teu eterno mudar de vida…

 

E assim foste, sem te despedires de mim.

17 June, 2009

sorrateiramente…

A atitude começou algures no fundo de uma rua que estava em obras, faltaram apenas os buracos no chão… 

e sorrateiramente do lado mais escuro do escuro…

 

{

- Vamos andando? Está a ficar tarde!

- Bora?

– Butes! Tá escuro!

}

Tremendo….do grande passo… entabulado

 

 

[1+1=3?; 2x1 =3?; 1:2=3?] <> [3-1=2?]

16 June, 2009

nada x nada

Uma criança chora, a televisão debita imagens que não entendo, existe aqui um lume brando que me coze lentamente o corpo.

 

A minha mente não descansa, vejo retratos de um dia, de uma página, de um espelho de elevador…

 

Rasgo este pensamento e arranco-o de mim como se fosse a folha de um livro…

Reviro os olhos e não durmo,

tenho medo do amanhã,

porque o amanhã será pior…

cosmos

carl_sagan

Cresci com Sagan e morrerei com a sua memória, porque ele sempre me disse a VERDADE. (Provavelmente o único)

(Obrigado Pedro & Paty!)

15 June, 2009

Juan A.G.

 

juan antonio

Quando o fim chega e a ilusão acaba, olho para trás e transformo-me na pedra fria, oca, imoral, inexistente…

 

Ao pó torno, e pelo pó vou, voando pelo tempo que o passado levou debaixo de um braço.

 

Escondo-me de mim e da minha vergonha, dos meus gestos, do meu acreditar cego, intolerante, imprevisível, e tapo a minha face, onde fecho o desalento, a minha fortuna, o triste destino, desatino, as lágrimas do ontem, do hoje, e do medo do amanhã….

Seguro-me ao que sou, do pouco que posso ser, e do que muito menos serei.

Assim fico, ser adulterado, alcoolizado de incertezas, é o meu ego.

 

Vagueio impune pelas rotas do contrabando sentimental, onde soluço, e roucamente retiro palavras de dentro de mim.

 

E corro, e salto, e prendo-me a tecto do mundo, e ali fico suspenso, cambaleando, vagamente esquecido, infinitamente eu, sem ser um pouco mais que alguém.

Tento esquecer quem sou e do nada que me resta.

 

Não tolerarei mais as verdades que não digo, os prazeres que risco do livro que leio, entregue a uma crueldade de um nome que enche todo o meu corpo, o meu pensar, e o meu existir…

 

E de “tudo o que acho sem saber”,

Saberei as palavras, que sem sabor,

Trazem nos olhos os dias,

Que eu não voltarei a merecer.

 

Só e porque, eu não sou uma catedral!

13 June, 2009

my silence

 

silence

Porque ela não anda para mim

Quando eu ando para lá,

Porque fico aqui,

Quando ela não está.

 

Morto de fome de ser,

Apertado no canto,

De um retiro injusto.

 

Sinto as pernas tremer,

O braços caídos,

Oiço as vozes dos outros,

E espero que o dia passe.

 

E assim me calo,

A assim cumpro o silêncio,

Num ritual meu, e nunca teu…

 

Serás tu perfeita?

Ou serás a minha ilusão,

na perfeita comunhão,

…do que me cabe ser incompleto?

11 June, 2009

anarquia

A revolução instalou-se numa mente quedada ao exuberante ostracismo da noite, que fulminantemente passa, aquela que mata o dia num piscar de olhos, e que se assemelha a uma etapa de caos e desordem nas ideias e ideais dos mais proeminentes seguidores de uma corrente filosófica adjacente ao existir.

 

Sobreviventes ao holocausto e ao terror de um iminente cataclismo, ali nos entregaram o propósito de uma noite sem princípios, sem idade, sem limites… Reconheci-me no universo como atmosfera de fumo, de cheiro, do chão que piso sem dormir… exactamente compreendido no infinito e profundo dançar das gotas de hidrogénio que nos escorrem pela face.

 

A anarquia pura dos movimentos humanos, dos livros, das músicas que tocam sem cessar, tomou o poder da incerteza do sono. A ingenuidade tornou-se a genuína atitude profundamente assente em blocos de madeira rasa… O teu cheiro invadiu o meu espaço, e por ali proliferou em toda a sua magnitude e esplendor, fazendo troar os canhões da pátria, tornando ao dia, a insanidade de uma mensagem acompanhada de violinos.

 

 E por ali se encontraram o tudo e o nada, e juntos, dançaram uma valsa no meu quarto.

 

(Hoje disseste mais do que o dia permitia desmedidamente dizer, até ao adormecer te lembrei…)

08 June, 2009

cromlech

Cromeleque dos Almendres

"Cromeleque, ou cromlech, é o conjunto de diversos menires dispostos em um ou vários círculos, em elipses, em rectângulos, em semicírculo ou ainda estruturas mais complexas como o cromeleque dos Almendres.
O termo está praticamente obsoleto em arqueologia, mas permanece em uso como uma expressão coloquial.
Trata-se de monumentos da pré-história, estando associados ao culto dos astros e da natureza, sendo considerados um local de rituais religiosos e de encontro tribal."

 

Encontro tribal???

Por certo e determinado acaso...continua a ser.

07 June, 2009

nada a declarar

Declaro morte ao sol, à chuva, à ideia parva de querer mudar as coisas que nunca mudam.

 

Declaro morte à minha ineficácia, impotência, parvoíce absoluta de querer ser mais do que sou, quando nunca poderia ser.

 

Declaro morte à minha verdade, que não são mais que mentiras da minha ilusória condição humana.

 

Declaro morte ao sentimento que me corrói a alma, me desgasta a sensibilidade, e me transforma neste Ser que não posso continuar Ser…

04 June, 2009

nonsense (com medo do escuro)

Charllote perdeu os sentidos no seu dia de folga, faltou ao emprego porque não era preciso trabalhar. Vivia de subsídios, daqueles que o Estado paga aos que não gostam de pagar.

 

Charllote encontrou o seu carro desarrumado, era vulgar esquecer-se de o arrumar, por isso apanhou um autocarro para a baixa. Felizmente estava trânsito, deu para chegar uns trinta minutos atrasados ao funeral do seu noivo, ninguém se importou, até porque estavam todos no café a jogar às cartas.

 

Adiantou serviço, pegou na pá e bateu com ela no solo, o padre foi-se embora, e o café fechou para balanço.

 

Saiu ao pé-coxinho, mas ficou encravada na porta do cemitério, uma sexagenária tropeçou no ferrolho do portão e provocou uma fila nunca antes vista. Charllote apanhou um táxi, e saiu na primeira curva. Entrou numa livraria que tinha acabado de ser inaugurada e pediu um gelado de nata, sentou-se e cortaram-lhe o cabelo.

 

Passados 3 minutos desistiu de ser pessoa, tornou-se uma ave de rapina. Não foi uma boa escolha porque começou a chover.

 

Foi a nado até casa, estava estafada, mas quando chegou a casa, a sua casa já não era ali, era do outro lado do Mundo, disse-lhe um rapaz que passava por ali a assobiar com um palito nos olhos.

 

Ficou para morrer, mas conseguiu sobreviver graças a um raio que lhe atingiu a ponta do bico, ficou num estado lastimoso, parecia uma avestruz, que para ave de rapina não é muito apropriado.

 

Desceu a avenida a cantarolar uma música que nunca foi feita, descobriu isso quando alguém a fustigou com um pedaço de pão duro e seco. Calou-se e rastejou até ao cais.

Tirou do bolso uma balança e pesou as consequências, estava tramada, ou a balança avariada, mas por via das dúvidas suicidou-se antes que fosse tarde.

 

Mais tarde adormeceu a ouvir os barcos a descarrilar, sonhou profundamente, e ali pereceu, afogada na eternidade…

Der Zauberberg

K_MontanhaMagica.qxp

Promessas ao subir uma montanha de magia..

Eu não te posso dar mais do que aquilo que posso pensar…

Eu não posso pensar mais do que aquilo que posso ser,

Eu não posso ser mais do que aquilo que podes prometer.

 

Serei sempre um pouco menos que a montanha,

E um pouco ou nada maior que o espinho de um ouriço.

 

Estranho as teclas quando os erros escapam pelos dedos,

a promessa ausenta-se de si,

e a sua plenitude deixa de ofender o inoportuno sentir dos sentidos.

yes…i can!

It's a mystery to me ... the game commences
for the usual fee ... plus expenses
confidential information ... it's in a diary

This is my investigation ... it's not a public inquary
I go checking out the reports ... digging up the dirt
you get to meet all sorts in this line of work
treachery and treason ... there's always an excuse for it
and when I find the reason I still can't get used to it

private investigations by dire straits

01 June, 2009

por quem nunca vou esquecer…(a menina que és)

E assim o meu espírito se desumaniza de mim,

como parte do invólucro que me envolve a pele,

 a película transparente que emana pouco mais

que um medo infinito de te tocar.

 

Contei cada minuto em teus passos,

cada palavra que me tocou fundo,

E a lágrima caiu, perdida num chão de areia e pedra.

 

Ouvi o murmurar dos pássaros que me traziam o sentir,

Vinham de longe, vinham de lá, de onde vinhas tu.

 

Sorri ao vento, e agradeci poder ter o olhar que te vê,

Escondido, fugido, sedento de te abraçar, ali fiquei.

Parado…

 

Olhaste-me nos olhos, e eu petrifiquei,

Senti-me uma nuvem que passa,

que alarga a sua lentidão e se dissolve no ar.

E naquele instante morri sem te viver,

Abracei-te no meu pensamento,

E com a força que não me é permitido comprovar,

Viajei!

Suave e calmamente, no nosso tempo.

 

Obrigado Maria…

Por ainda me fazeres ouvir o meu respirar…

o meu sorrir … e o meu Ser..