31 May, 2009

Light My Fire

Will our story shine like a light?
Or end in the dark?
Give it all or nothing

25 May, 2009

aparentemente vazio…

Não. Não posso ser, é exterior a mim…

Eu sou o parente mais próximo do acautelamento prematuro das acções que se podem imaginar, mas nunca exercer…

22 May, 2009

‘non ou a vã glória de’ existir

 

Aos seis anos conheci o tempo que o tempo leva, quando adormecemos num sonho projectado numa tela..

 

Hoje, perdi a noção do tempo, em que conheci Marlon Brando em Apocalypse Now.

 

Hoje, encontrei a saudade que me fez amar tão loucamente a arte de dar movimento às imagens.

 

Hoje [Ontem], perdemos João Bénard da Costa… e o cinema chora.

19 May, 2009

ausente de mim

Desanimo de frente,

Ao destino preguiçoso

Que me resta a seguir ao dia,

Em que encontro a escuridão.

 

A animosidade é inconstante,

Nada me resta além do corpo,

Do pretenso Ser o que é.

 

Não me sobra o sorriso,

A água indigesta,

O fundo do poço,

Quadrado, redondo,

Sem forma.

 

Não quero cair,

Mas quero sair,

 

Não me resta viver,

Mas não quero morrer.

 

Sem o sol que me arrasa, levem-me daqui.

E eu ausento-me,

sabiamente.

esquecido em mim…

Alegre a sorte dos que a fortuna esgrima sabiamente com o destino.

 

A minha espada é o meu Eu.

 

A minha fortuna é o abismo infinito da loucura,

que me declara presente, na ausência total da minha identidade.

 

E o meu destino…

Que não é mais que, uma nuvem espessa de ilusões e fantasias,

Não é autêntico!

18 May, 2009

Perder,

Possivelmente nas ideias do vento,

Que de excessivamente nos dispersa.

 

Edifícios ocos, sem coloração,

Pedras em tombo, fumegante,

E o cheiro de cinza no ar.

E perder…

 

Perder a essência,

Os desejos,

A inocência retratada.

A fina sorte do dia que se esgota,

Na impaciência contida em cada gesto.

 

E perder…

O sabor do teu cheiro,

O calor da tua frontalidade,

A paixão da tua pele.

 

E na tua ausência renasci,

Sobrevivendo,

Existindo na superficialidade contida,

Desmedida,

Em cada dia que me torna à real miséria.

 

E volto…

….a perder.

Um fragmento de mim.

4U “Obscuro Domínio”

[sob o reservado olhar de um ‘post’ anterior]

Sobre o Caminho

Nada

nem o branco fogo do trigo
nem as agulhas cravadas na pupila dos pássaros
te dirão a palavra

Não interrogues não perguntes
entre a razão e a turbulência da neve
não há diferença

Não colecciones dejectos o teu destino és tu

Despe-te
não há outro caminho

Eugénio de Andrade  [J.F.Rato]

 

unnecessary

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

dm – enjoy the silence

 

 

Todos os meus caminhos vão dar ao mesmo fim...

É o castigo eterno, que não compensa a culpa.

Cruel é o crime, de me incriminar totalmente.

why don't you give love?

I must be an acrobat
To talk like this
And act like that
And you can dream
So dream out loud
And you can find
Your own way out
You can build
And I can will
And you can call
I can't wait until
You can stash
And you can seize
In dreams begin
Responsibilities
And I can love
And I can love
And I know that the tide is turning 'round
So don't let the bastards grind you down

 

acrobat - u2

saturday night fever

I'll tell you what I've done
I'll tell you what I'll do
Been driving all night
just to get close to you

Sleeping In My Car – Per Gessle

16 May, 2009

apontamentos

Agora vou estar com mais atenção, e perceber se estou mesmo na minha…

Se assim for, prometo tirar um curso de bombista suicida, porque às vezes é bom ser de um umbiguismo radical…

ditaduras

Ontem estava numa agonia desgraçada, e hoje a vida transformou-se numa piada.

Não que perceba muitos de piadas, mas percebo menos de vida, e faz-me imensa confusão tudo o que se faça baseado em contradições.

A incongruência é respeitável quando falamos de piadas, mas nunca na parte vida, mesmo quando é utilizada como antibiótico para a monotonia.

Chega a ser um mecanismo execrável, mas ninguém está disposto a arriscar uma vida pela vida de uma barata tonta. Facto.

 

Há horas para se respirar pelo nariz, outras pela boca, e há horas que não se respira..e isso é óptimo, principalmente quando há imenso silêncio para oferecer.

11 May, 2009

o aborrecimento final

Já não tenho muita paciência para Kafka, para Stravinsky, e para viver.

E quando me olho ao espelho, vejo um ser humano que estranho, e torna-se cada vez mais, um infinito aborrecimento.

 

Camus terá razão, não interessa o quanto, interessa sim, o que nos resta.

 

E neste caso, o aborrecimento profundo prevalece.

 

(Até quando o meu respirar me irrita?)

07 May, 2009

Maria (o teu nome)

E demasiadamente um corpo emana verdade, existência, vida.

Luz em si, esconde as derrotas e acende o sol ao passar.

Convicta atitude, pertinente é a vaidade e o sorriso no rosto.

Um choro, uma queda, uma mágoa, uma birra pegada ao colo.

Um mão que me agarra, e me arrasta para fora do deserto.

Um passo em falso, uma corrida, uma brincadeira.

E as nuvens descem, e a escuridão que te assusta se enche em mim.

Não deixo de dar um passo em frente, sem olhar por cima do ombro.

E é falso. Está longe a idade da criança que me fizeste ser, parecer, querer.

 

E frequentemente recordo-te:

 

A andar,

a correr,

a falar.

A crescer sem mim, a esquecer o que me ensinaste.

A descer a escada que te guia o ser, o que és, e o que nunca poderás ser para mim.

 

Contigo existi inteiramente, intensamente, e até o meu corpo se reconheceu em mim.

Sem ti… sou pouco mais que a bobine vazia de um filme, que infinitamente acabou de acabar.

 

É imponente a saudade, gigantesca, como uma montanha que beija o céu.

E aqui se lança, continuamente, sem se cansar.

E por aqui a guardo, nos passeios matinais da minha infantilidade.

unforced error

No fundo do court, recebo um serviço puxado ao centro, e com violência utilizo a minha direita cruzada… o pó levanta, a rede abana, a bola bate no solo, e sai disparada para o fundo do court… e oiço a voz que diz:

 

“OUT”