23 September, 2009

pela Paula acima…

é bem mais cósmica que local… maldição esta…de ter de ver o dia de costas voltadas para o horizonte..

que se passará nas mentes mesquinhas dos homens?

pouco mais do que possa escrever…

é poderio,

é tão poderio pintar em ti o que posso ver nas galerias em que nos desencontramos…

 

eis a tal epifania… de que tanto me revelas pormenores sem a saberes.

sem legendas

há uma música que se chama…  “descarrega a raiva aqui e não ali”…

está presente nos meus ouvidos, mas é curta de som e de … veracidade mental.

 

podemos pensar mal…muito mal, e ficar calados… mas não odiar o que se passa à nossa volta.. é isso…subir escadas sem degraus e bater com a cabeça no cimo de um buraco…

 

apetece-me tanto mandar algumas pessoas à merda…. a começar por mim.

17 September, 2009

ido

o orgulho deles é bem mais colorido que o nosso…

mas o que interessa o que digo?

és tu quem esperas?

ou sou mais eu?

 

assim não me permites voltar agarrado às pernas que me suportam,

estou sentado, e repara que vejo as noites pelo canto do olho…

 

agora Morfeu leva o que prometeu… em sono, em dias, em…e na…

abundância suficiente… e em que paz te encontro…

 

ido e vindo… habilita-me ao sono que me encanta o olhar…

11 dias de mudo emudecimento

e aqui me volto, e aqui me mudo, e me encontro com ontem…

voltaste ali, mas não ao presente, nem ao futuro….

 

tiras-me sempre o meu melhor, e eu gosto, e cuido da Hera que tanto podia existir no cimo de um Mundo inventado por nós… e permaneço calado, enquanto olho para a foto de um momento que eu não pude partilhar…

 

(tenho um amigo teu, tens um grande amigo meu.. etc etc etc)

IC19

é tudo muito Zen ao ver a IC19, e os loucos que ao Km não sei quantos apagam as luzes... é muito violento acreditar que é uma maldição...porque todos somos feitos dessa mesma fibra de ilusão... (e sim, é mesmo óptica)

06 September, 2009

..o nosso Mundo

…e assim foste…suavemente, com os teus cabelos presos ao momento.

foste estrada fora, nesse caminho que guardas sem regresso…

 

e aqui deixo a porta aberta ao teu sorrir…

Esperando a sorte dos que habitam a solidão e o existir,

Neste Mundo tão nosso…

(Não consigo deixar de pensar que existes tão unicamente em mim)

no resto da noite..

Se te quero ouvir assim tão perto….

Se te quero sentir assim tão existente,

Neste pequeno canto, neste Mundo tão nosso e inconstante.

Num jardim esquecido, numa praia distante,

A ouvir um Palma, a escutar um sorriso, um choro,

Um cão que ladra, um gato que mia…e um passo em falso.

Passamos entre as gotas da chuva, por uma igreja,

 por um caminho que nos leva ao nosso regresso.

 

Sonhei contigo, o tempo que foi necessário acreditar,

Chorei a tua partida, e perdi-me numa marcha solitária.

Vivi tanto ao teu lado, como o espaço de uma vida inteira,

E pensei não mais soltar a mão que me agarraste.

Mas assim se desprendeu o barco que te levou.

 

Agora perco-me nas memórias, guardo as lembranças,

E oiço a tua voz no meu colo.

Vejo os teus lábios e cheiro o teu corpo com saudade.

 

Nada posso remediar, a impotência que me amarra ao meu sentir,

Tem a força do ferro, do aço que sustenta o universo que nunca existiu.

Sonhei alto, tão alto, quanto eu podia alguma vez imaginar.

E aqui me despedaço, numa tempestade de areia onde a terra me levou.

 

E aqui fico, esperando o teu respirar, o teu abraço, o teu…todo.

Sou tão teu, tão teu, quanto meu.

 

A injustiça não sairá perdoada,

e a nossa sentença será escrita na linha do horizonte,

que nos perdoa o espaço que ambos gostamos tão bem ocupar.

 

Levaste-me os olhos…levaste-me a totalidade do que respiro.

E sinto tanto a tua ausência…

E assim te amo infinitamente…

04 September, 2009