11 June, 2009

anarquia

A revolução instalou-se numa mente quedada ao exuberante ostracismo da noite, que fulminantemente passa, aquela que mata o dia num piscar de olhos, e que se assemelha a uma etapa de caos e desordem nas ideias e ideais dos mais proeminentes seguidores de uma corrente filosófica adjacente ao existir.

 

Sobreviventes ao holocausto e ao terror de um iminente cataclismo, ali nos entregaram o propósito de uma noite sem princípios, sem idade, sem limites… Reconheci-me no universo como atmosfera de fumo, de cheiro, do chão que piso sem dormir… exactamente compreendido no infinito e profundo dançar das gotas de hidrogénio que nos escorrem pela face.

 

A anarquia pura dos movimentos humanos, dos livros, das músicas que tocam sem cessar, tomou o poder da incerteza do sono. A ingenuidade tornou-se a genuína atitude profundamente assente em blocos de madeira rasa… O teu cheiro invadiu o meu espaço, e por ali proliferou em toda a sua magnitude e esplendor, fazendo troar os canhões da pátria, tornando ao dia, a insanidade de uma mensagem acompanhada de violinos.

 

 E por ali se encontraram o tudo e o nada, e juntos, dançaram uma valsa no meu quarto.

 

(Hoje disseste mais do que o dia permitia desmedidamente dizer, até ao adormecer te lembrei…)

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