duplamente cruel
Ondas que batem leve,
No sonho que o sol iluminou.
Foi a areia que o mar trouxe
Foi a luz que o tempo levou
São estrelas salgadas,
Em nuvens desenhadas
No céu que esconde
A nossa dor.
Foi ontem, foi hoje
Não será o amanhã
Mais que uma lembrança.
E longe vão os passos,
Que subiam montanhas
Que cruzavam vales
E venciam lutas
Lutas de verdade
Lutas de solidão
Lutas de amor
E nas cartas ficam as memórias,
Das batalhas invencíveis,
De nomes sem rosto,
Das horas de mágoa.
E de tarde respiro o ar que a manhã me deu,
E solto um grito de silêncio
Ao som das ondas
que violentamente batem
Na areia que o mar deixou.
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