secrets #01
Não devemos aceitar uma mulher, que nos aceite como somos
Não devemos aceitar uma mulher, que nos aceite como somos
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GOODNIGHT
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29.4.08
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A formiga no carreiro
vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
ao pé de um septuagenário
Lerpou trepou às tábuas
que flutuavam nas águas
e do cimo de uma delas
virou-se para o formigueiro
mudem de rumo
já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
vinha em sentido diferente
caiu à rua
no meio de toda a gente
buliu abriu as gâmbeas
para trepar às varandas
e do cimo de uma delas
...
A formiga no carreiro
andava à roda da vida
caiu em cima
de uma espinhela caída
furou furou à brava
numa cova que ali estava
e do cimo de uma delas
José Afonso
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GOODNIGHT
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25.4.08
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E porque hoje é sexta-feira..
Ingmar Bergman (1918-2007)
Numa frase: Talvez seja o melhor de sempre...Talvez.
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GOODNIGHT
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18.4.08
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A lógica e o absurdo. A incongruência reflectida no lado cómico da vida.
Partir de um pressuposto de vivência adulterada pela posição que se ocupa num determinado lugar e tempo, pode ser interpretado por um comodismo hilariante e absurdamente acéfalo. Um folclore desmedido e por vezes irracional, que tende a vulgarizar a posição que ocupamos. Esta reconciliação, entre o modo como agimos, e o modo como eventualmente deveríamos agir, que supostamente seria irreconciliável, leva-nos a cair no ridículo, e consequentemente, tornamo-nos vítimas fáceis da ironia e do sarcasmo.
Seria tudo muito simples, se a farsa não fosse mais que uma peça da máquina, o problema é quando a própria máquina, é uma farsa.
“(...) yo no tengo la culpa de verte caer; si yo no tengo la culpa de ver que...” Héroes del Silencio
P.S. – Não é apenas a teoria que se sobrepõem à realidade dos factos, é depreender que desses factos se pode criar um novo conjunto de teorias. A prática diz-nos muito mais que a verdade, mesmo que essa verdade seja invariavelmente absurda.
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GOODNIGHT
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14.4.08
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Mostar - (Herzegovina-Neretva) Bosnia
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GOODNIGHT
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13.4.08
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Não podemos desarmar, o que os outros armam.
A guerra nem sempre é feita de balas,
mas é sempre feita de vítimas.
O que interessa a quem interessa.
Este peso é demasiado elevado para a nossa condição.
Venha a nós o ‘nosso’ Reino, seja feita a ‘nossa’ vontade.
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GOODNIGHT
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3.4.08
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Aubade
I work
all day, and get half-drunk at night.
Waking at four to soundless dark, I stare.
In time the curtain-edges will grow light.
Till then I see what's really always there:
Unresting death, a whole day nearer now,
Making all thought impossible but how
And where and when I shall myself die.
Arid interrogation: yet the dread
Of dying, and being dead,
Flashes afresh to hold and horrify.
The mind blanks at the glare. Not in remorse
- The good not done, the love not given, time
Torn off unused - nor wretchedly because
An only life can take so long to climb
Clear of its wrong beginnings, and may never;
But at the total emptiness for ever,
The sure extinction that we travel to
And shall be lost in always. Not to be here,
Not to be anywhere,
And soon; nothing more terrible, nothing more true.
This is a special way of being afraid
No trick dispels. Religion used to try,
That vast, moth-eaten musical brocade
Created to pretend we never die,
And specious stuff that says No rational being
Can fear a thing it will not feel, not seeing
That this is what we fear - no sight, no sound,
No touch or taste or smell, nothing to think with,
Nothing to love or link with,
The anasthetic from which none come round.
And so it stays just on the edge of vision,
A small, unfocused blur, a standing chill
That slows each impulse down to indecision.
Most things may never happen: this one will,
And realisation of it rages out
In furnace-fear when we are caught without
People or drink. Courage is no good:
It means not scaring others. Being brave
Lets no one off the grave.
Death is no different whined at than withstood.
Slowly light strengthens, and the room takes shape.
It stands plain as a wardrobe, what we know,
Have always known, know that we can't escape,
Yet can't accept. One side will have to go.
Meanwhile telephones crouch, getting ready to ring
In locked-up offices, and all the uncaring
Intricate rented world begins to rouse.
The sky is white as clay, with no sun.
Work has to be done.
Postmen like doctors go from house to house.
Philip Larkin