14 April, 2008

kômikós

A lógica e o absurdo. A incongruência reflectida no lado cómico da vida.
Partir de um pressuposto de vivência adulterada pela posição que se ocupa num determinado lugar e tempo, pode ser interpretado por um comodismo hilariante e absurdamente acéfalo. Um folclore desmedido e por vezes irracional, que tende a vulgarizar a posição que ocupamos. Esta reconciliação, entre o modo como agimos, e o modo como eventualmente deveríamos agir, que supostamente seria irreconciliável, leva-nos a cair no ridículo, e consequentemente, tornamo-nos vítimas fáceis da ironia e do sarcasmo.

Seria tudo muito simples, se a farsa não fosse mais que uma peça da máquina, o problema é quando a própria máquina, é uma farsa.


“(...) yo no tengo la culpa de verte caer; si yo no tengo la culpa de ver que...” Héroes del Silencio

P.S. – Não é apenas a teoria que se sobrepõem à realidade dos factos, é depreender que desses factos se pode criar um novo conjunto de teorias. A prática diz-nos muito mais que a verdade, mesmo que essa verdade seja invariavelmente absurda.

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