09 December, 2008

space dementia?

Hoje sou eu no Mundo, amanhã serei eu no Mundo, depois será o Mundo sem o meu eu…

 

Certamente…

Certo é o que não esperamos amanhã.

Uma cadeira de rodas, um cobertor, uma demência permanente, uma solidão fria, uma doença que mata, uma vida que se dilui num orfanato, num corredor vazio de um sanatório.

Do sanatório.

Um arrepio?

Quando a fragilidade me segura pelos fios que me fazem mover.

É o sanatório.

Corram as cortinas, fechem a vida aqui, ali, no sanatório que nos cuida.

 

A policia da alma, prende a inocência pelos cabelos.. Mata.

Corta a etapa que te falta, em duas, em três, em vida, em morte.

Fecha o sanatório, devolve a tua alma ao chão que eu piso.

 

Está feito.

O amor não serve.

Vira o corpo, aceita a vela que te vela..e é fogo.

 

Salgada está, a dor que não dói, porque mente ao moribundo que não se presta a ser nada.

O sanatório ardeu,

a dor doeu,

e a morte da doença é cuidada pelo azul.

Está frio, mas está sol dentro de mim,

já não tenho vidros escuros na alma.

 

Adeus sanatório..

Estou curado da sensatez que me infecta o ego.

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