plágio de mim
Conheci um poeta,
que conduzia as palavras como ninguém
Quando ele escrevia,
construíam-se espaços
Casas, jardins, prédios e pontes
O Mundo crescia na ponta da sua caneta.
Quando falava,
o silêncio à sua volta
levantava-se em sinal de respeito.
E não era o silêncio que acompanha os moribundos
Era outro,
Era aquele de ouro e de cetim de que os grandes autores
Tanto falam.
Ele era mais que um poeta,
era mais que um escritor
Era um escrivão de Deus,
era o seu porta-voz
E era na ponta dos seus dedos,
segurando a sua caneta
Que ele melhor sabia transmitir a sua mensagem.
O seu querer,
o seu amor,
a sua angustia e a sua dor.
Conheci um poeta,
que não era apenas um poeta
Era mais um construtor,
um criador
De ilusões,
de fantasias…
E de universos onde todos nós
Gostaríamos de viver….sobreviver
E talvez
morrer…
Eu conheci esse poeta…
mas já não o conheço…
goodnight in blog-da-treta (04/11/05)
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