vou indo…
Não sei se viajar.. Não sei o se é ir…
Vejo malas, distâncias, caminhos e vontades
Uma máquina, uma cama, lençóis brancos, o cheiro que me reserva.
Preservo-me no medo oculto, o receio, as batas brancas..
Há seringas e toalhetes por todo o lado, arrepia-me o leito de uma maca.
Olho em volta, e vejo malas, mochilas e sacos cheios.
Parece-me que todos vão de viagem, e todos os diferentes vão nessa viagem,
Mas a passagem é minha, pressinto no sono, nas pernas, no calor interminável da minha face…
A garganta, o sabor do sangue, o ouvido que não ouve, e o silêncio que guardo…
E escondo de boca fechada, o que não quero sentir… fecho os olhos e choro por dentro de um sono num sonho injusto…
Não desarmo a tristeza que me amarra o corpo em mim, e não resisto a um adeus prematuro dos outros… e por aqui fico sossegado, enquanto eles vão indo.
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