de incerteza me alimento
Revejo a matéria dada, com a preciosidade de uma pétala,
Examino cada gesto, cada gota que escorre,
E encontro-me num meio fim, perdido, desgastado,
Cansado e desiludido com o que sobra de mim.
As imagens são turvas e ausentes,
Espero o negro, o escuro e a eterna obscuridade,
A cada segundo que passa e que nunca me resta.
Desço em mim, o mal que os outros escondem,
Corrompo o meu corpo frágil,
E deixo-me guiar até ao que me falta.
Com a largura do tempo,
Espero… o que tão de pouco falta esperar.
Afinal a saudade não arde nos meus lábios,
Quando eles se encerram infinitamente, no teu olhar…
É do sonho que vive a incerteza…
…e o sono não se lamenta das lembranças,
que vagamente alimentam, a verdadeira identidade dos dias.
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