17 August, 2009

um pequeno segredo…(que não há em ti)

Num espaço…cada letra tua, nua, crua

Pura de encantos demais…

Clara a transparência da tua voz.

 

A fala que se sente,

Mesmo no ausente pestanejar de um estranho…

A força do encanto…que vil é a rude distância…

Um caminho tortuoso, infundado e inundado de saudade.

 

Um campo aberto a uma flor que nasce num Mundo distante,

És mais do que todas as minhas letras,

És superior ao que penso e ao que te lembro de ti.

És mais do que a pequena criança.

És a existência completa de todos os momentos que vivi.

 

Correndo pelo seu corpo tonto,

Pelas ruelas de um centro,

Lá vai ela, suave como um pouco de vento.

Corre, brinca, tudo a intriga, tudo a satisfaz…

O sorriso, a descoberta...

Há sempre um motivo suficiente para se distrair.

 

E perguntar... sem medo…

E responder sem apreensão

“Está bem!”

 

E eu assim te lembro...

como uma pequena poesia…

És Maria… mesmo sem mim.

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