…branco
Mil palavras em silêncio, mil desejos que escondi debaixo do colchão e fechados numa almofada negra. Deito o corpo no que sinto e a cabeça no que a lembrança me traz.
És tu, nos olhos fechados, nas feiras, nas fantasias, na areia que me trazes no corpo, no sal que me lembra o teu olhar…o teu sorriso de miúda…e as tardes…
As tardes…tantas tardes em que o Sol e a Chuva nos guardavam o que o pensamento não podia realizar…
Que saudades eu tenho de te ver chegar…
Que saudades eu tenho daquele Mundo tão diferente e tão cheio de ar….
Que saudades eu tenho de Sintra e dos passeios cheios de pessoas, das carroças e dos cavalos…
e do rio…
do riso…
do rir…
E que saudades eu tenho de mim,
e de ti,
e de nós….
E assim foste,
voando como o pássaro que sempre me lembro…
o pássaro de crista levantada e bico fino que não deixou o ouriço sorrir eternamente…
Hoje… ainda o ouvi.
Hoje… quase o vi chegar e partir.
Hoje…. foi mais um dia como os outros todos que vieram depois de te ver partir.
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