25 April, 2009

…basic

Suave, suavemente, estreito o corpo, e passo.

Despercebido por entre as pessoas, por entre muros. Caminho.

Há casas de um lado, há casas do outro, há janelas e paralelos existenciais.

Vidas sem vida, mulheres, pessoas diversas, sobreviventes ao caos.

Enterro os pés na terra, devagarinho, suspiro, respiro a preto e branco.

Há uma cor, um som que não reconheço, uma aragem fria. O meu corpo.

O meu corpo desliza de uma forma brutal, é estranhamente leve, é estranhamente inexistente, desobediente, inexacto e desfasado da realidade do meu pensamento.

Liberto um sorriso, o teu sorriso, a tua imagem, os teus olhos.

Vou rindo das tuas ideias, das tua patetices loucas, dos teus planos de fazer a vida andar ao contrário, com os pés voltados para trás…É surreal, um pouco absurdo até, mas não deixa de ser especial ouvir-te falar, demasiado especial. Tão especial como o Ser teu.

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