devaneios existenciais
O meu quarto não pára quieto, as paredes estão pálidas, e o tecto lembra-me uma tela que ficou por pintar.
É profundamente ridículo, mas tenho medo do meu colchão.
Não durmo, porque não me reconheço a dormir.
Não serei eu no meu quarto, mas será o meu quarto em mim.
Aterrador…
Ele fica, eu não.
E isso assusta-me.
A minha consciência não pára de me atraiçoar, e por esse facto, não me é permitido encontrar uma razão concreta e autêntica para descansar.
Assim não se pode dormir.
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