31 December, 2009

con te partirò

thats-all-folks1

 

saberias tu, se fosses tu, a quem eu julguei tudo o que foi escrito aqui…mas nada mais importa, porque eu não sou mais quem fui, e tu..tu…serás sempre o que ficou por ser…

 

Boa Noite Kafka…

25 December, 2009

15 December, 2009

27 November, 2009

you raise me up

Cuando me ví desnudo y sin aliento
Parando al mar desierto y sin amor
Cuando pensé que mi alma había muerto
Llegaste tú como la luz del sol

Por tí seré más fuerte que el destino
Por tí seré tu heroe ante el dolor
Yo sin tí estaba tan perdido
Por tí seré mejor de lo que soy

24 November, 2009

..incerta a certa certeza de te encontrar

Debaixo dos pés que pisas,

No chão que não me pertence,

que me treme de olhar,

no desvio da tua desconfiança…

confio no que me dizes em silêncio.

 

É aqui que ele habita,

É neste espaço que imagino a tua voz,

As lembranças, que não te enganam,

E o meu toque que se perde na tua indiferença.

 

Um olá que não sorri, uma mão que não acena,

Um adeus que menti, e escondi,

Debaixo do pouco que sou, do nada,

Deste tão nada que me assombra os passos

E me faz tremer o chão que piso,

O chão que pisas,

O chão que caminha debaixo do que és…

 

E ali fico, vendo-te sair…calmo e sereno,

Enquanto encantas o Mundo.

 

Era assim que me recordava de ti,

Foi assim que te vi…sempre igual ao que me faz sonhar e sorrir,

Sempre…sempre…

Maria….

 

(…sem as lágrimas que apagam o fogo da vista, ainda me lembro do seres tão infinitamente cativante, como capaz de me transformar no pó que já era antes de ser)

19 November, 2009

…sou como um rato

"Ai de mim!", disse o rato, – "o mundo vai ficando dia a
dia mais estreito". – "Outrora, tão grande era que ganhei
medo e corri, corri até que finalmente fiquei contente por ver
aparecerem muros de ambos os lados do horizonte, mas estes
altos muros correm tão rapidamente um ao encontro do outro
que eis-me já no fim do percurso, vendo ao fundo a ratoeira
em que irei cair". "– Mas o que tens a fazer é mudar de
direção", disse o gato, devorando-o.

 

F.Kafka

02 November, 2009

já estou além onde não estou…

Nunca tive muita vontade de dizer adeus, nunca tivemos muita vontade de chamar pelos nossos próprios nomes, e pelas coisas que nos faziam viver os dias de sol e de chuva que simbolicamente usam e abusam dos números que passam a letras, e das letras que fazem as músicas, as sinfonias, os instrumentos que tocam no peso celestial do imediato. As nossas contas, que não se conseguem contar, os nossos caminhos que não se podem apagar do nada, e surgir do tudo, e do que não nos pode rodear. Fabricamos as ideias que nos colocam na luz as formas arcaicas do nosso porvir. Perdemos algumas horas de distância a pensar no que eu poderia escrever e contar, e surgiu o porquê.

Numa tarde, em que a terra não se tornava mais que o último destino do tempo, e que na sua roda de aventura, pela ventura da rodagem entre os mundos que a rodeiam, o Sol parou, mas não deixou de brilhar da mesma forma que havia brilhado nos tempos infinitos. Surgiu na floresta, do momento, que o movimento se subiu ao ser em flor, nasceu na penumbra a ilusão da existência de um pássaro, de uma flor, de um insecto que sorrateiramente se esgueirou pela planície, batendo asas infindáveis, às vezes, como o bater de um coração que nunca se queda em si…

Sobreviverei ao que o tempo reservou para mim? Não creio! Julgo findar-me aqui e agora. E assim me deixo guiar pela sorte que não tive, pelas horas que nunca me deram, pela injustiça de não poder sonhar um pouco mais além do que me resta esperar ter.

A oportunidade ficou ali, e eu aqui, com a dor que o corpo me dá, com a maldade do chão que piso, e da solidão de um pequeno espaço que não me deixa ver para lá do que não resta ouvir dizer.

E tanto mais podia fazer… tanto mais que não me resta…

Foste tu… Fui eu … tu para a vida, eu para a sorte do sim ou não das voltas do existir…

Como custa deixar tanto por partilhar… Como custa esperar sozinho pela noite que nos leva o pensamento e a ruína de um respirar.. e ele bate, lento, leve, e este sabor de azedo viver que me ensaia o gosto e o paladar… já não é saliva, já não é sangue…é fim.

E tu, que vacilas em acreditar no terror da verdade que me resta, chegarás a tempo?

“Estou além… onde não estou”

26 October, 2009

whatever works

23 October, 2009

caim?

Saramago disse o quê?…

Mas eu não tenho opinião formada sobre o que ele disse, não tenho porque não quero ter, não tenho porque não me interessa ter.

Surpresa? Nenhuma!

Saramago disse algo que todos sabemos, melhor, disse algo que as próprias religiões sabem…

Surpresa? Onde?

Sim, surpresa é Saramago agir como um miúdo que acabou de descobrir que descendemos de algo parecido com um símio, isso sim, é noticia.

Descobrir que Adão e Eva apenas existiram em filme é motivo para revolta?

Sim! Mas para um menino de 12 anos que nunca ouviu falar no Joaquim de Almeida e na Maria de Medeiros, e para quem um “Vai à merda” ainda é uma asneira brutal, principalmente se for seguida de um “Vai tu!”.

Quanto à Bíblia, não tenho nada a declarar, a violência faz parte da existência na sua totalidade, seja escrita, pensada, falada ou vivida, a maioria dos seres vivos são predominantemente violentos, qual o espanto?

Viver é só por si, uma lição de maus costumes, e só os que nunca viveram estão livres de tais costumes.

Maior quadrilha que a própria humanidade é difícil de pensar existir, somos dos piores seres que habitam este planeta, e muito provavelmente o próprio universo, e então?

É o que somos!

Novidades? Um livro novo que espero comprar amanhã… de resto…tudo na mesma no convento.

morto é morto

Se Nabokov disse.. quem sou eu para lhe dar ou tirar a razão?

Aqui estamos..em pré-morte, a consequência esperada do estar vivo… agora ando para aqui a pensar se… bom, todavia é verdade que ainda se pode pensar em escrever… pensar… pensar…

…lá está, Ser é o que é! Pensarei assim!

17 October, 2009

santini…with u…

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14 October, 2009

olá!

100NIKON1

13 October, 2009

.habemus U2?

Ok..venha lá mais um… já nem me sentia vivo se não fosse essa a verdade..

03 October, 2009

october

October and the trees are stripped bare
Of all they wear.
What do I care?


October and kingdoms rise
And kingdoms fall
But you go on
And on.

 

by U2

quem tudo quer, tudo perde

Queria tanto viver e não existir… e assim tentei.

Agora, nem uma coisa nem outra.